Archive for outubro 2015

Revisitando é um bloco onde pego paradas que marcaram minha infância e assisto de novo.

Paneta do Tesouro é uma animação produzida pela Disney, em 2002. É uma adaptação/releitura do clássico romance escrito por Robert Louis Stevenson.

Há muitos anos um pirata chamado Flint, escondeu uma grande quantidade de tesouros saqueados num planeta desconhecido. Desde então, vários já se aventuraram em busca desse tesouro. O foco é no adolescente padrão, genérico e problemático Jim Hawkins, que após encontrar o mapa que revela a localização do planeta, parte numa grande aventura.

Planeta do Tesouro marcou e muito a minha infância. Lembro que na época das locadoras, pegava ele todo final de semana, em VHS ainda. Devo admitir que tinha esquecido quase tudo do filme, então essa foi uma experiencia quase que totalmente nova pra mim. Infelizmente, Planeta do Tesouro não atingiu, nem de perto, as expectativas que tinha quanto ao filme.

A grande mudança em relação ao material original é o setting. Ao invés do mar e barcos, temos o espaço e naves. Tudo com cenário que lembra a era dos piratas. As armas, as vestimentas, o porto, tudo. Todo o cenário é povoado por criaturas extraterrestres, que lembram animais antropomorfizados. Isso é bem legal, eu particularmente gosto muito do estilo adotado pelo desenho. Infelizmente nem tudo é perfeito, e com Planeta do Tesouro não é diferente.

Primeiro de tudo, a historia. Sinto que ela se desenrola muito devagar, muito mesmo. Uma hora parece uma eternidade. Varias vezes chequei o tempo de vídeo. Parecia que uma anomalia temporal tinha se instalado alí. Os personagens também são um problema. A começar pelo principal, ele é o tipico garotinho adolescente delinquente e revoltado que vimos mais de mil vezes. Claramente ele foi feito para ser maneiro e radical, talvez para atingir um maior publico (?). Sua relação com sua mãe é sem química e carisma, simplesmente não cativa. Os personagens secundários são resumidos a alívios cômicos e vilões. E que alívios cômicos, um pior que o outro. Inúmeras vezes eles só apareciam para atrapalhar o andamento do filme, com piadas inconvenientes.

Doutor Delbert Doppler pode até ser carismático, mas não engraçado. Em momento algum me senti tentado a abrir um sorrisinho com suas piadas. O mesmo pode ser dito de Morpho. Que filho de uma puta. FILHO DE UMA PUTA. Eu odeio você! Morra seu lixo. Indo de oito à oitenta, temos o ciborgue extremamente carismático, Long John Silver. Mesmo sabendo que ele é o vilão, como é mostrado nos primeiros minutos de filme, é impossível não gostar do personagem. Toda sua relação de pai e filho criada com Jim é muito boa, o ponto alto do filme. Me peguei varias vezes me perguntando se ele seria realmente o vilão.

A animação é padrão Disney. Fluida e bem iluminada. Seria perfeita se não estivéssemos no século 21 e o CG não fosse a novidade da época. O CG é feio. Os personagens até não incomodam tanto, mas os cenários, deus, que feios. Parece jogo de PS1, texturas pobres e artificiais. Se o cenário ficasse parado, eu nem iria reparar, mas ele fica se mexendo de um lado para o outro. A CG é usada em lugares sem sentido algum, como exemplo, baús e maçanetas. A trilha sonora é OK, como a Disney usa até hoje.

Eu diria que Planeta do Tesouro me decepcionou totalmente, se não fossem os últimos 30 minutos de filme. Tudo que falta nos primeiros 2/3 do filme estão ali. O suspense, a tensão, ação, tudo em seu ápice. O clímax é ótimo. Pena que temos que esperar mais de uma hora para isso.

Você desiste de algumas coisas em busca do seu sonho.

Planeta do Tesouro está longe de ser a pior coisa que eu já vi, mas está muito abaixo do padrão visto nas animações 2D da Disney. O ritmo enrolado, péssimo senso de humor e personagens irritantes acabam rebaixando e muito a obra. O clímax é fantástico, vale o filme com certeza. Mas um longa não é feito apenas dos seus 30 minutos finais.

Nota: 7/10 - Bom

Planeta do Tesouro está disponível em DVD e em streaming, pelo Netflix. O problema do Netflix é o áudio em português, que está dessincronizado.

Tesãozinho é um bloco, que assim como o orgasmo, tem o objetivo de ser rápido e uma explosão de sentimentos. Nesse bloco farei analises rápidas e menos objetivas, de obras que não consigo julgar claramente.

Sua alma, meu coração e nosso quarto.

Ela e seu Gato é um curta, lançado em 1999, por Makoto Shinkai. O curta conta o dia-a-dia durante um ano de uma garota não nomeada, narrado pelo ponto de vista do seu gato, Chobi.

Ela e seu Gato foi feito por praticamente uma pessoa sozinha. Digo praticante porque teve um compositor, todo o resto foi ele que fez. Esse é o jovem e talentoso Makoto Shinkai e essa é sua primeira animação. Tenho que dizer que ele se saiu excepcionalmente bem.

Olhando sobre, é muito comum pensar que um gato narrando possa parecer forçado ou infantil. Ao assistir percebe-se justamente o contrário. A narração soa como o que um branco e felpudo felino domestico pensaria. Principalmente com respeito a sua dona. Essa mistura de admiração e paixão é vista claramente em gatos, pra quem vive com um.

Acho muito boa a melancolia passada. Não é aquela de “a meu deus como eu sou triste”, ela é passada pela inocência do personagem e pelo silêncio. Talvez chegue a ser quase uma sensação nostálgica, uma lembrança da infância e com ela a inocência que se foi. Ou eu só estou aloprando mesmo.

O curta usa uma arte monocromática em todo o tempo, mas a iluminação e os cenários são bem detalhados, o que se tornaria marca registrada de Shinkai. Gosto muito do jeito que é usado o preto e branco. Ao contrário do que se possa pensar, não passa aquele ar de desenho antigo, mas sim como uma estética diferente, nova. Isso se deve a iluminação usada, que é bem diferente do que estamos acostumados em animações no geral, bem mais trabalhada e com muitas nuances. Muitas vezes se parecem fotografias ou filmagens.

A animação em si é mais simples possível, com poucos quadros e movimentos, a maioria sendo imagens estáticas com uma narração de fundo, feita pelo próprio Shinkai. A trilha é na maior parte do tempo inexistente, apenas aparecendo em curtos momentos, que acaba destacando o som dos objetos, passando o sentimento de dia-a-dia mesmo. O som de cigarras predomina por quase todo o tempo. Isso se encaixa perfeitamente à obra, ajuda muito a passar o sentimento de melancolia.

Eu e ela... acho que gostamos desse mundo

Ela e seu Gato é um curta sem enredo ou grandes personagens, que apela com tudo para os sentimentos do espectador. Pra mim ele quebra a barreira da mídia animê e até mesmo cinematográfica e se torna uma obra de arte inegável, uma obra prima da animação asiática.

Nota: 10/10

Pra quem quiser assistir, fica o link do curta no YouTube:

Gakkou Gurashi! é um animê que foi exibido entre 9 de Julho à 24 de Setembro de 2015, totalizando 12 episódios. Foi animado pelo estudo Lerche (Assasination Classroom) e é uma adaptação do mangá de mesmo nome.

Gakkou Gurashi! se passa numa escola normal, onde 5 garotas e um cachorro vivem suas ordinárias vidas, divididas entre aulas e atividades do clube. Um animê banhado à fofura e alegria. Garotas fofinhas fazendo coisas fofinhas em seu ápice.

Atenção a partir daqui tem SPOILERS do primeiro episódio. Assistir esse episódio sem spoilers é uma ótima experiencia, então continue por sua conta e risco.

Agora vamos para a verdadeira sinopse:

Gakkou Gurashi! se passa em um futuro pós apocalíptico, onde um vírus transformou boa parte da humanidade em zumbis. No animê seguimos 5 garotas e um cachorro, na busca pela sobrevivencia e na tentativa de viver suas vidinhas normais como se nada tivesse acontecido. Para isso, criam o Clube da Vida Escolar, que da nome ao animê, onde elas literalmente vivem na escola, e fingem que nada aconteceu para sua perturbada amiga Takeda Yuki.

Pela sinopse inicial esse é o típico animê que eu ignoraria e fingiria que nunca existiu. Mas, o Twitter falou tão bem, que não pude resistir. Primeiramente, gostaria de ressaltar quão incrível é esse primeiro episódio.

Uma total quebra de expectativa. Se você foi esperando o que a sinopse dizia, você levou soco na cara ao final do episódio.

Toda a cena da mudança de perspectiva é muito boa. Quando é revelado que aquele mundo fofo não é nada além de uma réplica do passado, feita pela mente de uma garotinha perturbada, é impossível não se surpreender e ao mesmo tempo se preocupar com ela. Isso poderia ter dado muito errado, se não fosse pela impecável direção de Ando Masaomi. Se nunca ouviu esse nome, não se surpreenda, esse diretor não fez literalmente nada de relevante antes de Gakkou Gurashi!.

A direção de Masaomi é com toda certeza o ponto mais forte do animê. É um dos poucos diretores que conseguem, sem uma única gota de sangue mostrar cenas violentas, e com sucesso driblar problemas financeiros, AKA. Animação. O animê à todo momento passa o sentimento de tensão, até nas mais divertidas e ordinárias cenas, o sentimento de "vai dar merda" grita na cabeça do espectador.

As personagens também são um ponto fortíssimo. Criamos um laço com praticamente cada uma alí. Todas são carismáticas. Quanto mais aprendemos sobre elas, sobre o que passaram, sobre seus medos, mais próximas parecem de nós. De fato, a única personagem que não foi explorada, foi a bem dotada presidente do clube, Wakasa Yuuri. Não que seja uma personagem ruim, mas em momento algum me importei com ela. Com todo o tempo de tela dado as outras garotas, ela foi claramente deixada de lado.

O maior problema fica com o final. Não é ruim, de forma alguma, muito menos traí a série. Ele fecha perfeitamente o ciclo e ainda deixa um gancho para uma possível segunda temporada. Mas depois de excelentes episódios, um mediano dói muito.

A animação é OK. Nada de diferente ou inovador para de destacar. Uma das características do animê são seus zumbis, extremamente maquiados, com sombras que cobrem todo o corpo, o que pode ser um problema para alguns. O grande diferencial é o clima passado, principalmente pela iluminação usada. Nos episódios felizes tudo é bem iluminado e colorido, sempre com cenários ensolarados. Nos episódios mais tensos, a escuridão parece estar sempre sufocando as personagens. A trilha sonora mistura o típico usado em animês fofinhos, com trilhas melancólicas. O silêncio é abusado nas cenas tensas. Uma curiosidade é que a abertura muda significantemente durante a série, principalmente nos últimos episódios.

Acompanhar Gakkou Gurashi! foi uma ótima experiência. Ver todas as teorias de fãs, o desespero pelo próximo episódio e as reviravoltas foi muito divertido. Gakkou Gurashi! é um dos poucos animês de apocalipse zumbi, e um dos únicos desse gênero a se focar nas personagens. Se você se interessou, ele está disponível no Crunchyroll e em breve estará disponível em DVD e Bluray pela Funimation (Em Inglês).

Nota: 7.5/10 - Muito Bom

Gangsta. é um animê do estúdio Mangoble, exibido entre 2 de Julho, à 24 de setembro de 2015, totalizando 12 episódios. Gangsta. se passa na fictícia de Ergastulun, uma cidade violenta dominada por gangues e pela mafia. Acompanhamos dois "Faz Tudo", o caolho, Worick Arcangelo, e o mudo, Nicolas Brown.

Gangsta. foi um dos animês que eu tive mais hype na temporada. Os primeiros episódios eram uma apresentação daquele mundo sujo, com violência por toda a parte, sem fantasias ou poderzinhos que vemos em animês por aí. Tirando uma coisinha aqui e ali esses episódios são ótimos. Uma pena que a série não manteve a qualidade. Ao mesmo tempo que o animê tem coisas boas, ele tem coisas ridículas, que seriam melhor nunca terem existido.

Um dos pontos mais fortes do animê é sua ambientação. Aquele mundo sujo, cheio de violência está sempre lá. A todo momento vemos pessoas pobres, mendigos, policiais corruptos e criminosos andando livremente pelas ruas. Isso é ainda mais evidenciado pelos personagens. Não há um que se salve, todos são gangsters, policiais corruptos, mafiosos e outras coisas boas. Destaque para a personagem da prostituta, Alex, que desde o começo foi a personagem que mais tinha interesse, pena que a autora não acha o mesmo, e torna a personagem chata muito facilmente. A dupla principal também é muito carismatica, é divertidissimo acompanhar a relação entra os dois. Marco Adriano e sua mulher/namorada/peguete, Constance Raveau são personagens que posso dizer com toda a certeza que foram os melhores do animê.

Marco é uma pessoa normal, no meio de "monstros". A relação entre os dois é muito legal, são personagens que eu realmente me importei, os únicos em toda a série. Infelizmente, a partir de certo momento, o animê começa a se focar nos super-humanos daqui, os Twilights, que pra mim é o seu maior problema.

Esqueça aquele mundo sem fantasias e poderzinhos, pois aí vem os Twilights. Twilights é um nome dado às crianças e descendentes dos que usaram a droga Celeber. São marcados desde o nascimento com rankings de D/5 à S/0, mais fraco e mais forte, respectivamente. Eu não sei qual é a dos japoneses de marcarem força em números, mas nesse caso é apenas ridículo. Vou te contar um segredo, mas ó, não conta pra ninguém: não dá pra classificar a forca que uma pessoa vai ter quando ela nasce. Mas enfim, os Twilights são mais fortes e mais ágeis que humanos comuns, isso é evidenciado pelo 「puta pulo gigante mal animado」 que todos eles dão. Por serem mais fortes e mais ágeis eram vítimas de trabalho escravo, e nem considerados humanos eram. Essa foi a única coisa boa que os Twilights trouxeram ao animê. Então sugiram as 3 leis, que por mera coincidência, são iguais às de Asimov. Uma pena que ela não é obedecida por ninguém, e ninguém é punido por desobedecê-la

Os Twilights são o que mais incomodam em Gangsta. Você tem um mundo em que primeira vista é mais perto do real e de repente aparecem caras que conseguem desviar de balas, defende-las com uma espada, e travam batalhas terrivelmente mal animadas no ar, destruindo telhado, casa e tudo que tiver na frente. Os Twilights parecem uma colagem, sempre deslocados daquele cenário, como se não o pertecessem.

A partir de um certo momento surgem os anti-twilight, que tem os mesmos poderes super-humanos e querem exterminar os Twilights por razão alguma, que nunca foi revelado e provavelmente nunca será, em forma de animê. Os anti-twilight são ridículos. Eu vou enfatizar aqui RIDÍCULOS. São personagens vazios, sem nenhuma personalidade ou motivação.

Para não dizer todos, temos a irmã de Delico, que prometeu ser alguma coisa, mas mais uma vez, não se tornou nada. E aí vem um grande problema de Gangsta., ele não teve um final. Acabou em meio à um grande arco, do nada, como se semana que vem tivesse episódio novo. Lindo. Isso se deve a problemas financeiros do estúdio Mangoble, que posteriormente levou a sua falência.

A animação de Gangsta. é bipolar, varia entre uma animação OK, à uma muito ruim. Em um trexo específico, a voz do personagem e a animação não estavam sincronizadas. A voz saia de um jeito, e a boca se mexia de outro. A animação das batalhas é sem esmero, com poucos quadros e movimentos estranhos, como por exemplo, 「os puta pulos gigantes」, e o ziguezague de dois quadros, que são muito feios de se ver. A trilha sonora é muito boa, combinando perfeitamente com a ambientação. A abertura e a ending são ótimas, com boas músicas.

No final Gangsta. foi um animê no geral decepcionante. Tinha tudo para dar certo, mas acabou caindo no genérico. Tirando coisas aqui e alí, não há nada para se aproveitar. A ótima trilha sonora não o faz valer a pena, de forma alguma.

Nota: 6.0/10 - Okay

Primeiras impressões é um quadro onde eu pego os primeiros episódios de um animê ou serie, e digo minha opinião. Uma porrada de blog faz então porque não?

One Punch Man

O grande poder dos humanos é se tornar o que quiserem.

One Punch Man se passa em um Japão alternativo, dividido em áreas, que constantemente são atacadas por seres mutantes. Saitama, o protagonista, era um jovem desempregado, que decidiu virar um herói como passatempo. Após 3 anos de treinamento se tornou absurdamente forte.

One Punch Man é o animê com mais hype da temporada. Adaptação do ótimo mangá, do mesmo nome, que começou como web comic, e depois foi serializado na Tonari no Young Junp. Quem está responsável pela adaptação é o excelente estúdio Mad House (Death Note, Death Parade, HunterxHunter).

A animação é fantástica, tudo é fluido e bonito de se ver. O que já é de praxe do estúdio. As vezes o animê fica com estilo meio "rabiscado" que é um ótimo efeito. A trilha sonora também é boa. Mistura rock com música eletrônica que dá um ar épico as lutas.

Um dos muitos pontos fortes de One Punch Man é não se levar a sério. Ele é ridículo em várias cenas, e sabe disso. Isso o torna muito divertido. O próprio personagem principal, Saitama, que perdeu os pelos do corpo de tanto treinar, é um exemplo disso. Outro ponto fortissimo são as lutas. E que lutas. Toda luta dá aquele arrepio na espinha e prende sua atenção de forma incrível. Quando me dou conta tô com os olhos arregalados e com o fone no ultimo volume. Fazia muito tempo que um animê me deixava assim. A abertura também é muito boa, lembra bastante animês shounens antigos. Isso me lembra que o primeiro episódio assisti no ônibus, quando me dei conta não sabia onde estava.

Depois de dois excelentes episódios posso dizer que não será um animê facilmente esquecido. Uma pena que estão previsto apenas 12 episódios. Ou não. Se ele se estender com a mesma estrutura atual pode se tornar cansativo.

Expectativa: 10/10

Owarimonogatari

Odeio a água que pensa que ferve sozinha!

Owarimonogatari é o 7° animê da série Monogatari, iniciada em 2009 com Bakemonogatari. Owarimonogatari vai adaptar a ultima Season das novels escritas por Nisio Isin. O primeiro arco é Ougi Formula, que está indo ao ar nesse momento. Owarimonogatari se passa entre Tsukimonogatari e Hanamonogatari, e tem como foco o protagonista, Araragi.

Owarimonogatari pode se tornar o melhor da serie até o momento. Depois do filler que foi Hanamonogatari, e do quase dispensável Tsukimonogatari, temos finalmente um Monogatari que importa. Já nos primeiros dois episódio vemos isso. É revelado muita coisa sobre Araragi, desde seu passado no ensino fundamental, até sobre seus pais. A personagem da Oshino Ougi está sempre ao lado de Araragi nessa temporada. Espero que finalmente o animê revele qual é a dela. Também tem mais psicodelia que nos anteriores, evidenciado na abertura, na fotografia e na estrutura da escola.

A animação tá no mesmo padrão dos anteriores. Só uma coisa me incomodou no primeiro episódio, que parecia que os personagens estavam "deslizando" pelo cenário. O que não aconteceu no segundo. A trilha sonora continua no mesmo padrão de sempre, as novas músicas dão um ar de videogame (?).

Enfim, se você é fã da série e não gostou de Hana e Tsuki, assista Owarimonogatari, porque esse está com muito mais conteúdo que os anteriores.

Não sabemos o objetivo do oponente, por isso não sei como lidar.

Expectativa 10/10

Subete ga F ni Naru: The Perfect Insider

Jamais de vós aos verdadeiros pensamentos.

Animê do estúdio A-1 Pictures, adaptação da novel de mesmo nome. Character Design foi feito por Inio Asano (Solanin, Boa Noite Punpun).

Não sei o que pensar de Subete ga F ni Naru. Só tenho certeza que ele é um animê de mistério. Achei o primeiro episódio muito bom. Ele passa a maior parte do episódio no dialogo entre dois personagens e não se torna entediante.A filosofia foi o que mais me prendeu nesse episódio. Temos um pouco de liberdade e existencialismo.

Apenas o pensamento é livre.

Como ele discute que as pessoas tem que se tornar "burras" para viver em sociedade, e esconder seus verdadeiros pensamentos é fascinante. Os personagens são interessantes, mas alguns clichês me incomodam. Principalmente na Shinki, A personagem é o arquétipo da garota gênio e bonita, que "age como um demônio" na sua mais pura forma. A animação, a fotografia e luzes estão ótimas. O Character Design do Asano ficou descaracterizado pela animação. Não está ruim, só não parece dele. A abertura e a ending estão excelentes, tanto na música, quanto no visual.

-Talvez se eu encontrar ela eu possa fugir.

-Fugir do que?

-Desse mundo.

Subete ga F ni Naru: The Perfect Insider é o animê mais " hipster" da temporada. Ele pode ser tanto muito bom, quanto uma merda foda. Resta assistir para descobrir.

Expectativa 9/10

Noragami ARAGOTO

Você é o bicho de estimação de quem?

Sequência direta do animê de 2014, produzido pelo estúdio Bones (Concrete Revolutio, Kekkai Sensen), Noragami. ARAGOTO adapta o arco de Bishamon. A historia traz os personagens da temporada anterior de volta.

Que surpresa! Noragami acabou tão apressado e com um filler, nunca pensei que teria uma segunda temporada, ainda mais um ano depois. Noragami é um ótimo Shounen, acima da média.

Os vivos esquecem cedo de nós.

A própria mitologia é mais pesada que o padrão. Sobre essa temporada, pelos dois episódios que vi, me parece estar mais """ dark """. O próprio diretor disse isso. Logo no segundo episódio um personagem é morto brutalmente. Não esperava isso de forma alguma. No segundo episódio, também teve diálogos sobre a morte e solidão, que já estavam presentes na primeira temporada, mas dessa vez bem mais pesados.

A animação tá ótima, padrão Bones, as palheta de cores lembra muito Durarara!, cores vivas e vibrantes. A trilha sonora tá com o estilo eletrônico da primeira temporada, tão empolgante quanto. A abertura tá muito boa também. Algumas partes dela estão estáticas, assim como nos primeiros episódios de Noragami, eles devem arrumar isso com o passar do tempo.

Hmmm

Noragami ARAGOTO promete expandir e ser ainda melhor que a primeira temporada.

Expectativa 8/10

Heavy Object

Vivo num mundo onde matar é uma coisa comum.

Animê produzido pela J.C.Staff, adaptação de uma Novel de mesmo nome. Se passa em um futuro próximo, onde um exercito é praticamente inútil, as guerras são travadas por Mechas chamados Object.

O animê se passa em um mundo com mechas onde se usam armas. Em animês desse gênero, em sua maioria, as armas são inúteis e são deixadas em terceiro, quarto plano. Aqui não, elas são uteis e eficazes, não contra os mechas é claro, mas contra os humanos.

E por falar em humanos, os personagens principais sentem o medo da guerra. Em duas ocasiões vemos o protagonista tremendo e hesitando, com medo ou remorso.

Os mechas tem um bom design, sem aquela forma humanóide, mais parecidos com tanques. Lembram muito os Metal Gears.

ATENÇÃO AS COISAS BOAS ACABAM POR AQUI

Antes de tudo quero dizer que não estou puto da vida, esse animê é ruim mesmo. Quando começei a assistir estava pensando "não é tão ruim assim", mas no decorrer do episódio o animê entrou tanto na merda que não dá nem pra considerar ser mediano. O primeiro episodio tem uma narração que dura mais de 5 minutos. Cinco Fondendo Minutos! Isso deveria ter sido um alerta divino. Esse primeiro episódio tem um clima descontraído do começo ao fim, mostrando como os soldados são inúteis. Ao invés de irem se matar vão caçar um veado, porque consideram a comida do exercito muito ruim. Isso me faz pensar o porquê de alistaram soldados ainda.

Quando uma pessoa aparece no radar ela não vale mais nada.

Eles não são técnicos que estão alí para dar suporte, são literalmente dois vagabundos. Todo o episódio é resumido em veado e uma piada com peitos.

Seguindo para o próximo nível de profundidade na merda, temos o segundo episódio. Eu que pensava que não podia piorar mais, estava enganado. O episódio começa com uma narração, onde o personagem principal genérico diz que " O Inferno Começou" . Outro alerta divino, é claro, nada de bom veio dessa frase genérica. A base é invadida e mata uma boa parte dos figurantes.

O Object aliado é abatido, e o personagem principal genérico vai salvar a piloto. Quando chega lá ele hesita em matar soldados inimigos, mas logo larga mão e os mata, porque eles são malvados, e nas palavras dele, não são humanos. Ele consegue salva-la, sem nenhuma dificuldade, sequer leva um tiro. Tô cansado de falar dessa merda. Dá tudo certo no final e tem piada com peito.

Não assista essa merda. Ela é uma ofensa a você e toda a humanidade.

Expectativa: 0/10

E com esse ótimo animê, termino o post. Boa Noite a todos.

Um mundo onde uma criança se chama de Rei do Desespero é triste demais.

Alguns meses atrás estava eu vendo o chart de animês da temporada encontrei um animê do estúdio Bones (Fullmetal Alchemist, Noragami) chamado Kekkai Sensen. Nunca tinha ouvido falar do mangá, mesmo este sendo do mesmo autor do relativamente popular Trigun, na época nem tinha scan pra inglês, mas sendo do Bones dei uma chance. Ainda bem que fiz isso porque Kakkai Sensen, na minha opinião, é um dos melhores animês dos últimos anos.

Sinopse

Dias de arrependimento e pesar que seguem eternos

Kekkai Sensen se passa em uma Nova York alternativa, aonde um portal se abriu liberando seres do submundo. Nessa historia seguimos um garoto chamado Leonard Watch que tem uma rara habilidade chamada de Olhos Divinos. Leonard acaba sendo confundido com outra pessoa e entrando para uma organização que resolve problemas relacionados ao submundo, chamada Libra.

História/Personagens

Foi uma visão que ocasionou todas as emoções, valores e noções que constituem uma pessoa.

O animê não tem uma puta historia original, longe disso, vemos clichês em toda a parte, desde o personagem principal com poder raro, até o irmão gêmeo malvado, mas isso não prejudica de forma alguma o animê. A historia é simples porque foi feita para ser simples. O mesmo pode se dizer dos personagens, não que não sejam criativos ou carismáticos, mas são sem grandes evoluções ou viradas. Falando sobre os personagens, não existe nenhum que não goste, desde o principal ao vilão, todos são extremamente carismáticos. Cada um com uma piada própria. Ver os personagens interagindo entre si é muito divertido. Diversão é a grande motivação do animê, e isso ele consegue com maestria.

Animação/Trilha Sonora

Visualmente o animê é incrível, um dos grandes méritos do estúdio Bones. O uso de luzes, reflexos, cenários, fluidez da animação, tudo é top de linha. Pode ser comparado diretamente a animações cinematográficas e ao tão aclamado Fate/Zero. O uso das cores também é bem interessante, com cores vivas e brilhantes, bem evidenciadas pelos olhos e cabelo dos personagens.

A trilha sonora é excelente. Misturando músicas clássicas com jazz. Junto a parte visual dá um ar de Nova York clássica, contrastando apenas com algumas tecnologias presentes alí. Não tem muito o que falar sobre a trilha, apenas que ela é soberba.

Mesmo com todas essas qualidades, isso não quer dizer que o animê é perfeito. O ritmo frenético pode atrapalhar no entendimento da história. Mais de uma vez enquanto eu assistia me perguntava: "Que porra tá acontecendo ?". Não ligue se sentir perdido, porque provavelmente vai. Quase que certeza que perderá uma coisa ou outra. E isso vai do primeiro ao ultimo episódio. O animê tambem sofreu de atrasos, 3 meses para ser exato. Isso me prejudicou bastante com o último episódio. Eu não lembrava muita coisa que tinha acontecido antes.

Enfim, Kekkai Sensen é um excelente animê, mesmo com os seus deslizes. Se você gosta de animê assista, se não gosta, de uma chance Kekkai Sensen. Infelizmente Kekkai Sensen não está disponível no Brasil legalmente, ou seja, o único jeito de assistir é via fansub.

Nota: 8.5/10 - Excelente

Atenção a partir daqui tem **SPOILERS** do primeiro episódio. Assistir esse episódio sem spoilers é uma ótima experiencia, então continue por sua conta e risco.