Caracol Mayoi é o segundo arco de Bakemonogatari, que vai dos episódios 3 ao 5. 

Ele começa com o protagonista, Koyomi Araragi, saindo de casa no Dia das Mães e indo parar em um parque. Lá ele encontra Hachikuji Mayoi, uma garota do fundamental, aparentemente com seus 10 anos, que está perdida.

Esse arco é realmente muito bom. Ele expande tudo que foi apresentado no primeiro. Se Caranguejo Hitagi foi a introdução, Caracol Mayoi é onde as coisas começam de verdade. A relação de Araragi e a Senjougahara, continua da mesma forma: sarcástica e divertidíssima, mas de alguma maneira diferente. Como se antes a personagem olhasse para Araragi com desprezo, desconfiança, e agora com uma grande admiração. As piadas depreciativas com o protagonista continuam, mas misturadas com a gratidão de Hitagi. Grande parte do primeiro episódio do arco mostra isso. 

É interessante a tensão sexual criada nesse inicio. Araragi está claramente nervoso. Isso cria uma ótima química entre os dois personagens. Diferentes de outros animês, onde o homem assume o papel ativo, aqui é diferente. Nossa diva sádica Senjougahara é quem toma todas as iniciativas, desde se encontrar com o virgem protagonista até sua proposta ao final do arco.
É bem legal como todo o arco é perfeitamente planejado, dando pistas do clímax desde o momento que começa. Assistindo de novo dá até uma angústia de como ele joga spoilers na sua cara. A execução é muito, muito boa, com direito à uma grande apresentação de slides, também conhecida como diálogo e piadas incestuosas. A grande piada do arco é o abuso, não necessariamente sexual, da menor de idade Hachikuji.

Hachikuji é uma ótima personagem, extremamente carismática. Ela é também a mais trágica da série, onde a sua situação atual atrapalha, e muito, sua vida. Seus pais se separaram, e no caminho de visitar sua mãe foi atropelada. Isso a torna um Espirito Vagante, um Caracol Perdido. Basicamente quem a estiver acompanhando se perde. Isso justifica suas ações no começo do episódio, tentando afastar as pessoas dela. Ela sabe da sua condição, mas não pode fazer nada quanto a isso. Tudo culmina no final do arco: a volta para a casa, o fechamento do ciclo, a aceitação de quem ela é, e sua escolha de continuar no mundo dos vivos, como uma Assombração. Cumprindo o objetivo que ela nunca conseguiu em vida, chegar em casa, ela conseguiu seguir em frente, mesmo com a "maldição" que carrega.

Mais uma vez fiz uma pesquisa inútil, já que essa lenda também não existe. Ótimo. Vou colocar coisas qui porque quero.

Primeiramente, o parque em que se passa boa parte do arco, Parque Namishiro. Em japonês ele é escrito da seguinte forma: 波白公園. 波(nami) significa onda, ondulação. 白(shiro) significa branco, puro. E 公園(kōen) parque. Ou seja, porra nenhuma. Obrigado por focar no nome do parque nos últimos segundos. Na verdade isso pode ser uma referencia ao distrito de Onda Branca, em SP, ou ao esperma humano.

Em certo momento, Meme cita a romaria de Shikoku. Essa parada é uma peregrinação realizada por uma galera, que percorre 1.200km, onde passam por 88 templos. Se você se interessou tem uma reportagem, que você confere clicando aqui. 

Mais uma vez temos uma lenda que não tem nada a ver com o animê. Dessa vez é uma lenda urbana chamada de Cabeça de Vaca. Essa lenda diz que uma historia muito assustadora, onde todos que ouviram morreram de susto. Simplificando, uma bullshit do caralho. Se por alguma razão você quer saber mais sobre essa lenda de merda, clique nesse nada confiável link, para um nada confiável site. 

Por ultimo, o casamento Sororato e o Levirato existem de verdade. O Levirato inclusive foi usado na sociedade hebraica. Se você quer comer sua cunhada e conhecer outros costumes sadios, clique aqui.


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