Review Bakemonogatari - Caranguejo Hitagi (1-2)

Esse post é o primeiro de uma serie de reviews de Monagatari. Farei arco por arco, destacando os seus pontos positivos e negativos.


Bakemonogatari é a primeira temporada de uma série de animês produzidos pelo estúdio Shaft (Madoka Magica, Sayonara Zetsubou Sensei) e dirigido pelo louco e psicodélico Akiyuki Shinbo. É uma adaptação de uma série de Light Novels, livros pequenos japoneses, escrita por Nisio Isin. A história tem como foco o protagonista, Araragi, procurando resolver vários problemas ligados ao sobrenatural, no caso desse arco, a personagem Senjougahara Hitagi, que perdeu quase todo peso de seu corpo ao ser amaldiçoada por um caranguejo.
Esse é o primeiro arco de Bakemonogatari, e é bem curto, só dois episódios. Ele serve como uma introdução de como a obra vai ser daqui pra frente. Todos os conceitos estão ali, a direção psicodélica, a fotografia minimalista, os cenários vazios e claro, o enorme foco nos diálogos. Já é certo que Bakemonogatari vai ser diferente logo nos primeiros segundos, com a incrível introdução, que aparentemente não faz sentido algum, mas no decorrer da série ela é aos poucos explicada. O ponto mais forte do animê é a direção de Shinbo. Ela é diferente, diferente de tudo que você já viu. É aquele tipo de coisa que você olha já sabe quem fez. 


Sobre a história, ela é muito boa, porém não é atraente, e nem um pouco memorável. Eu mesmo tinha esquecido boa parte dela, lembrando apenas do início e da conclusão. Isso pode ser considerado até uma característica da obra, já que é muito mais fácil se lembrar dos personagens ou cenas especificas do que história em si. Aqui não é a história que faz os personagens, mas os personagens que fazem história. O foco é muito maior neles do que na narrativa. 
E nisso somos apresentados à extremamente carismática Senjougahara Hitagi, que se autodeclara uma Tsundere (garota que parece agressiva, mas nutre um amor pelo protagonista), coisa que é quebrada ao final do arco. Conhecemos, também, “a líder de classe das lideres de classe”, Tsubasa Hanekawa. Não sabemos muita coisa dela, a impressão que fica é que ela é a típica personagem certinha irritante. E por fim, protagonista, Koyomi Araragi, que é um ser misterioso até hoje na série. Pouca coisa dele é revelada nesse começo.

Só você pode salvar a si mesmo.

Tudo que sabemos é que ele foi mordido por um vampiro e foi ajudado pelo vagabundo mercenário do caralho Oshino Meme. Isso não faz ele deixar de ser carismático, ele é aquele cara clichê que luta pela justiça, mas não soa como uma mesmisse. É dificil dizer o porquê.
Uma puta característica de Monogatari são os longos e divertidos diálogos. Quase metade do segundo episódio é uma grande conversa. Isso pode afastar muitos, mas é inegável que o trabalho de roteiro e direção são incríveis. Eles funcionam em sintonia, não deixam aquela sensação de tédio. Os diálogos em sí são muito bons, descontraídos, cheios de referências, e nesse arco, mergulhados em sarcasmo. Depois de ver o animê e não consigo imaginar Bakemonogatari como um livro, de tão ligados que estão a execução e a escrita. 


A animação é boa. Não é excepcional mas também não é ruim. O uso de sombras é ótimo. O que dá um sentimento de desconforto é a coloração, bem diferente do que vemos por aí. Pode incomodar alguns o uso de computação gráfica na boca dos personagens, sempre parecendo que está fluido demais, mas depois de alguns episódios você se acustuma à isso. Não me lembrava o quão boa é a trilha sonora. Ela é ótima, muito boa mesmo. Tá ali no tempo certo. Destaque pra gaita tocada quando Meme aparece, que ajuda à criar aquele clima de vagabundo e largado que o personagem passa.


Falando sobre a mitologia de Monogatari, ela pode parecer complicada, e muito. Ela nunca é bem explicada, você vai aprendendo aos poucos. Basicamente existem esses seres chamados de Aparições ou Esquisitices. Eles são lendas personificadas, ou seja estão totalmente ligados com os contos que lhe deram origem. A esquisitice do arco é o Caranguejo Pesado, que ao contrario do que se possa pensar ele é uma lenda inventada, não existe na vida real. O interessante é que como ele é derivado de varias lendas que referem a um ser só ele carrega todas as características dessas lendas. É um deus, como dito por alguns, e pode manipular o peso, como dito por outros. Pode parecer confuso a primeira vista, mas não é.  


Graças à uma alma genial do twitter estou mudando o sistema de notas do blog. Agora as notas serão dadas pelo meu amigo Shia Labeouf. A nota do primeiro arco de Bakemonogatari é:


Bakemonogatari é um animê muito diferente, único. A direção e o roteiro são sensacionais, animação é boa, a trilha excelente e a mitologia, embora não tão original funciona bem. Esse arco funciona como uma introdução perfeitamente, apresentando todos os conceitos que estarão no animê daqui pra frente.




PS: Fiquei um tempão procurando sobre a lenda do arco, que não existe. No lugar achei algumas coisas sobre caranguejos. Vou colocar isso no post porque eu quero. 
Existe um tipo de caranguejo que tem nas costas o que parece ser uma face dum samurai. Aparentemente existe uma lenda que esses são os guerreiros que reincarnaram como crustáceos. Como os japoneses não comiam essa especie, eles são muito comuns. Pra quem se interessou tem um vídeo do Cosmos que você confere clicando aqui.
Esse filho da puta aqui

O Japão também tem uma especie praticamente em extinção de caranguejos, chamados de Caranguejo Ferradura. Inclusive tem um museu deles em Kosaka. Se você quiser saber mais sobre esse museu, inclusive como chegar clique aqui.
Kani Ferradura-senpai



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